Primeira coleção de esqueletos do País
Criou a primeira coleção de esqueletos identificados.
Reuniu ossadas não reclamadas nos cemitérios de Lisboa.
Tinha mais de mil crânios.
Francisco Ferraz de Macedo
O “Ferraz das caveiras”, como era conhecido
Por iniciativa própria, criou a primeira coleção de esqueletos identificados do País, correspondente a mais de mil indivíduos, com os quais contestou as teorias em voga no século XIX, provando que criminosos e heróis não se distinguem pelos ossos.
Formado em farmácia e medicina,foi também criminologista, poeta e antropólogo.
Vivia sobre a sacristia da capela de Nossa Senhora do Monte (na imagem), tendo por companhia, apenas uma velha criada, três rouxinóis criados por si e todos os gatos das redondezas, que ele mesmo alimentava.
Em sacos de serapilheira numerados e catalogados, cheios com “até 20 crânios” humanos, que conseguida obter de ,coveiros e administradores de cemitérios.
A análise destes ossos foi essencial para a criação de um padrão quanto a idades e sexo, bem como sobre determinadas características físicas e patologias na população, que Ferraz de Macedo registara “dimensões exatas, configurações, anomalias, ângulos, espessamentos, cristas, apófises, todas as diferenciações subtis.
O seu espólio foi doado ao Museu Barbosa du Bocage**, hoje Museu Nacional de História Natural e da Ciência que, na madrugada do dia 18 de março de 1978, um incêndio alegadamente provocado por questões políticas destruiu quase por completo.
Da valiosa coleção osteológica do “Ferraz das caveiras” restaram apenas 30 crânios e o livro de medidas craniométricas.
No nosso País, no entanto, existem outras coleções de referência, em Évora, Porto e Coimbra, com um total de cerca de 4500 indivíduos identificados.
fontes: publico,pt e blog osaldahistória