O Milagre das rosas
A história mais popular da Rainha Santa Isabel é sem dúvida a do milagre das rosas.
O primeiro registo escrito do milagre das rosas encontra-se na Crónica dos Frades Menores.
Em meados do século XVI a lenda já tinha sido amplamente difundida
" levava uma vez a Rainha santa moedas no regaço para dar aos pobres(...) Encontrando-a el-Rei lhe perguntou o que levava,(...) ela disse, levo aqui rosas. E rosas viu el-Rei não sendo tempo delas. "
— Crónica dos Frades Menores, Frei Marcos de Lisboa, 1562
D. Dinis I de Portugal tinha 17 anos quando subiu ao trono e, pensando em casamento, convinha-lhe Isabel de Aragão, tendo por isso enviado uma embaixada a Pedro de Aragão em 1280.
Formavam-na João Velho, João Martins e Vasco Pires. Quando lá chegaram, estavam ainda à espera de resposta enviados dos reis de França e de Inglaterra, cada um desejoso de casar com Isabel um dos seus filhos.
Aragão preferiu entre os pretendentes aquele que já era rei.
A 11 de fevereirode 1282, com 12 anos, Isabel casou-se.
Isabel terá sido uma rainha muito piedosa, passando grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres.
Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte.
O milagre das rosas
A rainha saiu do Castelo do Sabugal numa manhã de inverno para distribuir pães aos mais desfavorecidos.
Surpreendida pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha teria exclamado: São rosas, Senhor!.
Desconfiado, D. Dinis inquirido: Rosas, em Janeiro?.
D. Isabel expôs então o conteúdo do regaço do seu vestido e nele havia rosas, ao invés dos pães que ocultara.