O Último Condenado à Morte em Portugal
Diogo Alves
Nascido na Galiza em 1810, foi muito novo viver para Lisboa, onde serviu em algumas das casas mais abastadas daquela época.
Ele ficou para a história como o assassino do Aqueduto da Águas Livres, pois foi nesse lugar que, durante cerca de 3 anos, cometeu os crimes que fizeram dele tanto um homem odiado como célebre.
Segundo algumas fontes avançam, em 1837, Diogo Alves já tinha matado mais de 70 pessoas.
No entanto, não existe uma certeza quanto ao total exacto de vítimas porque inicialmente as autoridades começaram por atribuir a invulgar sucessão de corpos encontrados no vale de Alcântara a uma onda de suicídios.
Mais tarde, com a agitação causada por causa de tantas mortes, o aqueduto foi fechado e manteve-se assim durante décadas.
Com o fecho do Aqueduto, Diogo Alves viu-se obrigado a mudar de esquema e formou uma quadrilha para prosseguir a sua carreira criminosa, acabando por ser preso e condenado à morte em 1840, embora não pelos crimes cometidos no aqueduto, os quais nem sequer constam do processo.
Foi o massacre da família de um médico, durante um assalto em que se fazia acompanhar pelos restantes membros da quadrilha, que o levou à forca.
Diogo Alves foi enforcado às duas e um quarto da tarde, no dia 19 de Fevereiro de 1841, no cais do Tojo.
Este enforcamento ficou na história de Portugal porque Diogo Alves foi o último condenado à morte em Portugal.
Após o enforcamento, alguns cientistas da Escola Médico Cirúrgica de Lisboa deceparam a cabeça do bandido como objectivo de poderem estudar algumas das possíveis causas da malvadez. Como é óbvio, não conseguiram grandes resultados desse estudo.
A cabeça de Diogo Alves ainda existe conservada em formol na Faculdade de Medicina de Lisboa.
fonte:http://www.historiadeportugal.info/diogo-alves/