A VILAR ,Vilarinho e Moura, sediada na rua do bonjardim, 826-828, no Porto , foi o 1º fabricante nacional de bicicletas.
Sob a sigla FNB (Fábrica nacional de bicicletas),Começou a produzir bicicletas e seus acessórios em 1922. Tendo na época fabricado bicicletas completas e acessórios de substituição, nomeadamente ,cubos, aros e raios.
Nos anos 30 já com cerca de dez anos de experiência e muito implementada no mercado, começou a fornecer acessórios e até quadros a outras marcas que iam surgindo contribuindo para o rápido sucesso e crescimento da marca.
A qualidade e os pormenores sempre distinguiram a marca.
A década de 1930 é decisiva para o novo passo a dar.
Consegue obter licensas de produção da chamada nova industria, tendo já na mira a construção de motas.
Nesta altura ainda não havia fabrico de motas ou motores em Portugal o que levou a marca a prospeccionar o mercado estrangeiro com o fim de obter motores fiaveis e quadros para equipar as suas motas, o intuito éra construir motas fiaveis a preços acessíveis, construindo riqueza para o país e criando emprego.
O fabrico de motores terá sido equacionado, mas posto imediatamente de parte, pois poderia atrasar muitos anos o lançamento das tão aguardadas motas inviabilizando o projecto e não havia tempo a perder.
O mercado das motas encontrava-se em forte expansão, e Portugal estava a ser "invadido" por uma importação muito forte de marcas com muita qualidade, como a BMW, DKW, NORTON , BSA, AJS, COVENTRY EAGLE, MATCHLESS, ARIEL entre outras.
A VILAR tinha que ser muito rápida a lançar as suas motas, e é então que Ílidio Vilarinho parte para Inglaterra na busca de um motor fiável e de fácil adaptação aos seus quadros, ou eventualmente quadros completos, tendo conhecido diversas marcas ingesas equipadas com o famoso motor VILLIERS .
Terá sido a EXCELSIOR a utilitária que melhor se identificava com o seu projecto de utilitária para Portugal.
Terá Ílidio Vilarinho trazido um destes exemplares 125cc, para copiar? não se sabe , o que se sabe é que a primeira mota VILAR é muito parecida com esta inglesa.
Só no ano de 1949 é que a VILAR terá conseguido fabricar a famosa VILAR 125cc do 1º modelo. Segundo se consta só terão sido fabricadas 4 motas do 1º modelo , com motor villiers de dois escapes com 122cc de cilindrada, com a suspensão da frente em aço estampado com uma unica mola central ,e traseira rígida.
Há duas sobreviventes catalogadas e uma terceira que ainda não tive oportunidade de catalogar , a quarta terá ardido, quando a fábrica ardeu nos anos 80 no final da sua vida, seria a mota dos testes.
Com o lançamento das motas e ciclomotores a fábrica começa a entitular-se FNBM (fábrica nacional de bicicletas e motocicletas) as motorizadas começam a sair da fabrica de Lugar da Ermida- S. Mamede de infesta . A VILAR redesenha o seu logotipo baseado no simbolo villiers, para colocar nas motas de alta cilindrada.
Este gesto dá credibilidade á marca no fabrico de motas pois o motor villiers era já sobejamente conhecido dos portugueses pelos seu motores de rega.
Nesta altura multiplicam-se os contactos entre a VILAR e a direcção - geral de transportes terrestres, no sentido de conseguir homologação para esta cilindrada. Esta homologação foi muito difícil e caracterizada por avanços e recuos por parte da direcção - geral de transportes terrestres, hoje dava , amanhã tirava!.
No ano de 1957 a 7 de Março começam as emissões regulares de televisão em Portugal.
Tendo sido recebida com alegria por uns e com desconfiança por outros.
• Nessa altura, só podia ser captada na região de Lisboa. Nos anos seguintes, a Radiotelevisão Portuguesa (RTP) chegaria ao Porto, à Madeira e aos Açores, e depois cobriria todo o território nacional, com delegações nas diversas regiões.
As emissões do primeiro Telejornal começaram a 19 de Outubro de 1959. Na década de 70 nascia o segundo canal Português de televisão chamava- se RTP 2.
• Em Portugal, as emissões a cores começaram a ser regulares em 1980, sendo o Festival RTP da Canção de 1980, o primeiro programa emitido a cores em Portugal.
Foi há 100 anos que a primeira mulher votou em Portugal
carolina beatriz ângelo fez da luta pelo direito de voto a sua grande causa, interpretando à letra a lei eleitoral de então, que considerava eleitores os indivíduos maiores de 21 anos que soubessem ler e escrever e chefes de família.
considerando-se na posse de todos os requisitos, porque tinha ficado viúva (sendo, portanto, chefe de família), carolina beatriz ângelo requereu a sua inscrição como eleitora, o que não lhe foi concedido. recorreu para os tribunais, que lhe deram razão, sendo-lhe atribuído o direito de voto pelo juiz joão baptista de castro, pai da escritora ana de castro osório, amiga de carolina beatriz ângelo e com ela dirigente da liga republicana das mulheres portuguesas.
na altura presidente da associação de propaganda feminista (apf), carolina beatriz ângelo avançou para a urna nas eleições para a assembleia constituinte de 28 de maio de 1911, na secção de voto de arroios, em lisboa.
o ato pioneiro desagradou ao poder de então, que viria a alterar a lei eleitoral. a legislação de 1913 só reconhecia o direito de voto aos eleitores do «sexo masculino». as mulheres só viriam a reconquistar o direito de voto em 1931, mas só as poucas que tinham o liceu ou um curso superior. mais tarde, outra condição seria imposta: só podiam votar as mulheres que tivessem um determinado rendimento.
A criação da Volta a Portugal em bicicleta deve-se a Raul Oliveira do jornal Os Sports.
A Volta é criada em 1927, tem o seu Regulamento publicado no jornal Os Sports de 4 de Fevereiro de 1927 e o primeiro itinerário realiza um desenho paralelo à linha da fronteira do continente português. O anúncio da realização da Volta a Portugal provoca nos jornais concorrentes, o Sporting e O Sport de Lisboa, uma reacção de crítica que se estende à UVP por ter dado apoio oficial à realização da prova. A disputa e rivalidade entre os jornais chega a tal ponto que, em1927, se assiste não a uma volta a Portugal mas a duas voltas, uma realizada em Abril pelos jornais Os Sports e pelo Diário de Notíciascom o apoio da estrutura federativa e outra, logo a seguir, em Maio pelo jornal Sporting do Porto. A realização da primeira Volta a Portugal foi um banco de ensaios em termos económicos, mas os encargos terão sido de tal ordem que, não obstante a popularidade alcançada, os empreendedores só conseguiram repetir o evento quatro anos mais tarde, em 1931. Com a Guerra Civil de Espanha a Volta não se realiza em 1936-37 e, devido à II Guerra Mundial, interrompe de novo entre 1942-45. Em 1953-54 a Volta não se faz por falta de organizador e em 1975 não se realiza devido à revolução vivida após o 25 de Abril de 1974. A Volta, desde que criada, é o maior evento de ciclismo de Portugal.
Nos primeiros anos a fronteira foi a grande referência das Voltas das primeiras décadas da Volta[9] . As primeiras voltas procuraram unir todos os locais e, neste esforço, as cidades do interior situadas nesses limites são praticamente todas contempladas pelo desenho da Volta. Entre 1955 e 1965, o desenho da Volta é assimétrico e passa duas vezes pelo litoral entre Lisboa e Porto. A crescente popularidade do ciclismo e o aparecimento de novas pistas como a de Alpiarça, a de Loulé e a de Sangalhos marcam anos de prosperidade para os clubes de ciclismo, maioritariamente situados no litoral a Norte de Lisboa. Os itinerários contêm etapas em circuito feitas em torno destas vilas que acabam em festivais de pista.
O vencedor da primeira edição foi AUGUSTO DE CARVALHO da equipa do Carcavelos.