Há uma cidade perdida debaixo de Coimbra, mas pouca gente sabe disso!
Chamavam-lhe Aeminium, e hoje, é um vestígio apenas.
Aeminium foi um importante entreposto comercial, a residência dos monarcas D. Henrique e D. Teresa, o local de nascimento do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e, finalmente, cidade universitária e do conhecimento.
Os vestígios mais antigos de Aeminium datam da era romana, quando aquele povo fundou a cidade, em colaboração e sempre protegida pela vizinha Conímbriga, a apenas 16 quilómetros de distância, na localidade de Condeixa-a-Nova.
Contudo, quando os Suevos saquearam e destruíram Conimbriga, em 465 e 468 d.C., os seus habitantes tiveram de fugir para Aeminium, aumentando a população local e ajudando a cidade a prosperar e a crescer.
O mais importante destes vestígios é o criptopórtico, uma galeria de túneis subterrâneos com vários arcos no topo, construído para suportar o Fórum Romano da antiga Aeminium.
Durante a Idade Média, o palácio de um membro do clero foi construído sobre o fórum, edifício que actualmente alberga o Museu Machado de Castro e que esconde o criptopórtico, que pode ser visitado entrando no museu.
O TELESCÓPIO MAIS ANTIGO DO MUNDO PODE TER 6000 ANOS E ENCONTRA-SE EM PORTUGAL
Imagens do grupo megalítico de Carregal do Sal: a) Dolmen da Orca, estrutura típica do ocidente da Península Ibérica; b) vista da passagem e entrada, a partir da câmara do dolmen: a 'janela de visibilidade'; c) orca de Santo Tirso, um dolmen com uma passagem ou corredor muito mais estreito. Fotos: F. Silva
Pensa-se que estes monumentos megalíticos eram usados para rituais de iniciação:
Os iniciados passariam a noite dentro da anta, sem outra luz senão a que entrava pelas passagens estreitas e o facto de verem estrelas de outra forma dificilmente detectáveis conferia-lhes conhecimento e poderes especiais.
Avistar a primeira aparição de uma estrela no céu nocturno pode ter servido para marcar o ciclo das estaçôes
e determinar por exemplo, quando era o momento certo para começar uma migração para zonas de pastagem de
Descobre quais foram os primeiros impostos em Portugal
Na altura da fundação do Reino de Portugal, oficialmente declarado independente em 1143, o poder sobre um determinado território na Península Ibérica e respetiva população pertencia aos reis, aos nobres ou “senhores” (guerreiros a quem competia defender o território e ajudar a fazer novas conquistas, recebendo terras como recompensa), e às instituições eclesiásticas (ligadas ao clero e à Igreja).
Nesta época, os camponeses entregavam parte das colheitas aos mais poderosos
Em troca da proteção oferecida pelas muralhas, que garantiam a sua segurança, e de infraestruturas como as estradas, essenciais para a circulação de produtos, ou a iluminação das ruas, que era feita com velas acesas por serventes públicos.
Existiam também os chamados tributos senhoriais, como as portagens, que eram exigidas à entrada de uma povoação ou para atravessar uma ponte, ou as taxas devidas pela utilização de meios de produção reservados aos proprietários das terras (moinhos, fornos e lagares, por exemplo).
SISA: o primeiro imposto geral do reino de Portugal
Já ouviste falar na Peste Negra?
Foi uma epidemia que surgiu no século XIV e dizimou um terço da população da Europa, travando a expansão económica e demográfica.
O reino de Portugal também foi atingido por esta epidemia, que enfraqueceu as reservas da coroa, tendo começado, no final do século, um novo ciclo de guerras com Castela, que queria conquistar o reino, e que se prolongou até 1411.
Para ajudar nas despesas da guerra, foi introduzida a SISA (Serviço de Impostos a Sua Alteza), o que correspondeu a uma inovação fiscal que alterou a natureza das receitas do reino.
A SISA que, numa fase inicial foi aplicada como um tributo temporário, só se transformou num imposto permanente na época de D. João I, que reinou entre 1385 e 1433, assumindo-se como a principal fonte de receitas da monarquia.
“Para efeitos de cobrança dos rendimentos, procedeu-se à divisão do país em distritos fiscais (também designados por almoxarifados), os quais eram entregues a mordomos ou porteiros de distrito que exerciam as suas funções junto dos ricos-homens ou dos juízes dos julgados”
HIPOMÓVEL - designativo do veículo de tração animal antes do século vinte.
Hipomóvel de recolha de lixo da Câmara Municipal de Lisboa
Estes veículos ( hipomóveis ) dedicavam-se aos vários serviços, tais como, transportes de materiais, seriços de rega de ruas e jardins, transporte de pipas de água para abastecimento de alguns locais de Lisboa.
O mais antigo mapa de Portugal, da autoria de Fernando Álvares Seco.
Tem o Norte à direita, e o Algarve claramente separado, à esquerda.
A Descrição atual e precisa de Portugal, antiga Lusitânia, por Fernando Alvares Seco
Fernando Alvares Seco (fl. 1561-85) foi um matemático e cartógrafo português que fez o primeiro mapa de Portugal que se tem conhecimento.
Foi gravado por Sebastiano del Re e publicado em Roma em 1561. Mais tarde, Abraham Ortelius (1527-98) reeditou o mapa em seu Theatrum orbis terrarum (Teatro de todo o mundo), que foi publicado pela primeira vez em maio de 1570.
Ortelius foi um cartógrafo e editor de mapa de Antuérpia. De 1564 a 1570, ele fez seus próprios mapas, mas em 1570 decidiu publicar o Theatrum.
Tido como o primeiro atlas do mundo, este trabalho incluiu mapas produzidos por cartógrafos muitos conhecidos.
Foi publicado em diversas edições entre 1570 e 1612, em latim, holandês, alemão, francês, espanhol, inglês e Italiano.
Provavelmente este mapa é da ediçãoem latim. de 1579.
É orientado com o norte, à direita, colocando o Algarve, no sudoeste da Península Ibérica, no canto superior esquerdo do mapa.
O primeiro livro impresso em Portugal veio do prelo de Samuel Gacon, editor judeu, operador da primeira oficina tipográfica em solo português, situada em Faro.
Foi no Algarve que saiu o primeiro incunábulo impresso no país, um Pentateuco.
Segundo o colófon, este livro religioso foi concluído em 30 de Junho de 1487, na oficina de Samuel Gacon.
Desta obra religiosa, o único exemplar conhecido está guardado na British Library em Londres.
Foi roubado em Portugal, aquando do saque à cidade, pelos ingleses, em 1596. (De recordar que, nessa data, Portugal fazia parte de Espanha).
facsimile do Pentateuco hebraico, o primeiro livro imprenso em Portugal, no século XV
3.000 livros foram roubados em Faro, em 1596 por Robert Devereux, 2º. Earl of Essex (mais conhecido como playboy da rainha Elisabeth I).
De volta a casa, Robert, conde de Essex, ofereceu o saque ao seu amigo Thomas Bodley (Bodleian Library of Oxford).
Estes livros integraram uma das cinco grandes bibliotecas históricas do Reino Unido, a chamada Biblioteca Bodleiana de Oxford - produto da pilhagem do incursor inglês.