Filigrana Portuguesa
Existem duas espécies de filigrana:
A filigrana de aplicação, utilizada para motivos decorativos e a filigrana de integração que fabrica a própria peça exclusivamente em filigrana.
Os fios são torcidos, golpeados e colocados a uma fonte de calor de modo a amolecerem e ficarem bem afilados, sendo objecto de limpeza e ficando em condições de serem trabalhados pelos ourives.
Filigrana é um termo derivado do latim FILUM que designa fio e GRANUM, que significa grão.
Trata-se de uma arte que trabalha o ouro, prata, bronze e outros metais através de graciosos fios destes materiais, subtilmente entrelaçados que dão origem a obras de arte elaboradas e de vários padrões.
Filigrana, a arte de trabalhar metais, é uma arte muito característica da joalharia Portuguesa.
Não obstante ser usada nos mais diversos locais em todo o mundo, a filigrana teve um crescimento relevante nos países do mediterrâneo.
Em Portugal, foram descobertas peças de filigrana que remontam a 2500-2000 a.c.
Os principais polos de fabrico da filigrana portuguesa, localizam nas imediações da cidade do Porto – Gondomar e em Braga – Póvoa de Lanhoso.
As peças de filigrana portuguesa fabricadas em maior quantidade são para uso pessoal, destacando-se as arrecadas e argolas de Viana, os brincos à raínha, os corações filigranados e medalhões, as cruzes e os colares de contas do Minho.
Outros objectos de grande ostentação, como relicários, caixas, colares de gramalheiras, custódias ou esculturas ornamentais (caso da caravela), são igualmente manufacturados, para atender uma procura cada vez mais abrangente e que não se limita somente a Portugal.
fonte:http://tradicaoportuguesa.pt/