Vinho dos Mortos
O Vinho dos Mortos
É uma velha tradição Portuguêsa que data do início do século XIX
Quando da Invasão Napoleônica do país, Os vinhateiros enterraram garrafas de vinho no chão para evitar pilhagem pelos soldados.
Terminados os combates, os vinhos foram desenterrados e houve uma agradável surpresa.
A bebida das garrafas estava com sabor (“bouquet”) ainda melhor, um vinho com graduação de 10º/11º, palhete, apaladado que tinha, então, uma gaseificação natural em função da temperatura constante e da escuridão.
A tradição ganhou o nome “dos Mortos” em alusão às garrafas terem estado enterradas.
Outro nome desse vinho´’ “Morto de Boticas” por ser cultivado principalmente em Vila de Boticas.
Esta história leva-nos até ao ano de 1809, altura em que as tropas francesas, comandadas pelo general Soult, invadiram pela segunda vez Portugal.
Quando os franceses invadiram a região, o povo, com medo que estes lhes pilhassem as suas colheitas e os seus outros bens, escondeu o que conseguiu, usando das formas mais expeditas: o vinho foi enterrado no chão das adegas, no saibro, debaixo das pipas e dos lagares.
Mais tarde, depois dos franceses terem sido expulsos, os habitantes recuperaram as suas casas e os bens que restaram.
Ao desenterrarem o vinho, julgaram-no estragado.
Porém, descobriram com agrado que estava muito mais saboroso, pois tinha adquirido propriedades novas.
Era um vinho com uma graduação de 10º/11º, palhete, apaladado, e com algum gás natural, que lhe adveio da circunstância de se ter produzido uma fermentação no escuro e a temperatura constante.
Por ter sido “enterrado” ficou a designar-se por “Vinho dos Mortos” e passou a utilizar-se esta técnica, descoberta ocasionalmente, para melhor o conservar e optimizar a sua qualidade.
Assim, nasceu uma tradição de “enterrar” o vinho pelo menos durante um ano, que se foi transmitindo de geração em geração.
fontes: wikipedia & http://passadocurioso.blogspot.pt/