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PORTUGALd'antigamente

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OS MELHORES JOGOS DE SEMPRE

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Ferreirinha ( MULHER LENDA ) Rainha do Douro

Dona Antónia Adelaide Ferreira nasceu no Peso da Régua, em Portugal, a 4 de Julho de 1811.

 

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D.Antónia teve a coragem de desafiar os mais poderosos e ajudar os mais pobres servindo de exemplo e orgulho para os habitantes do Douro.

Antónia Adelaide Ferreira, empresária vinhateira portuguesa, nasceu em 1811. Ficou famosa por se ter dedicado ao cultivo do vinho do Porto e introduzindo notáveis inovações. Nasceu numa família abastada do Norte com créditos no cultivo da vinha para vinho do Porto. O pai, José Bernardo Ferreira casou-a com um primo, mas este não se interessou pela cultura da família e delapidou alegremente parte da fortuna. Adelaide teve dois filhos e quando ficou viúva com 33 anos despertou nela a sua verdadeira vocação de empresária. Sabe-se que a "Ferreirinha", como era carinhosamente conhecida, se preocupava com as famílias dos trabalhadores das suas terras e adegas. Com o apoio do administrador José da Silva Torres, mais tarde seu segundo marido, Adelaide Ferreira lutou contra a falta de apoios dos sucessivos governos, mais interessados em construir estradas e comprar vinhos a Espanha. Lutou contra a doença da vinha, a filoxera e deslocou-se a Inglaterra para se informar de meios mais modernos de combate à moléstia, bem como processos mais sofisticados de produção do vinho. A "Ferreirinha" investiu em novas plantações de vinhas em zonas mais expostas ao Sol, não descurando as plantações de oliveiras, amendoeiras e cereais. A Quinta do Vesúvio, a mais famosa das suas propriedades era por ela percorrida e vigiada de perto. Em 1849 a produção vinícola era já de 700 pipas de vinho. Mercê de bons acordos, grande parte dos vinhos foi exportada para o Reino Unido, ainda hoje o primeiro importador de Vinho do Porto. Quando faleceu, em 1896, deixou uma fortuna considerável e perto de trinta quintas.

PORTO 1984-1988 - 2002-2004 - ESQUADRÃO IMORTAL

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Grandes feitos: Campeão Mundial Interclubes (1987), Campeão da Liga dos Campeões da UEFA (1986-1987), Campeão da Supertaça da UEFA (1987), Tricampeão do Campeonato Português (1984-1985, 1985-1986 e 1987-1988), Campeão da taça de Portugal (1987-1988) e Campeão da Supertaça de Portugal (1986). Foi o primeiro (e até hoje único) clube português a se tornar campeão mundial interclubes.

Equipa base: Jósef Mlynarczyk (Zé Beto); João Pinto, Eduardo Luís (Geraldão), Celso Gavião (Lima Pereira) e Augusto Inácio; Jaime Magalhães, Quim (Rui Barros), António André e António Sousa; Rabah Madjer (Vermelhinho) e Paulo Futre (Fernando Gomes / Casagrande / Juary).Técnicos: Artur Jorge (1984-1987) e Tomislav Ivic (1987-1988).

 

“O Dragão se apresenta à Europa. E ao mundo também.”

 

Depois do bicampeonato europeu conquistado pelo Benfica em 1961 e 1962, a Europa jamais viu o brilho de um clube lusitano até o ano de 1987. Décadas se passaram, vários esquadrões encantaram, mas nenhum que tivesse sangue português conseguiu desbancar alemães, italianos, ingleses, espanhóis, holandeses e até romenos na principal competição do continente. Foi então que uma turma vestida em azul e branco acabou de vez com a seca e faturou uma inédita e histórica Liga dos Campeões sobre uma equipa amplamente favorito e já tricampeão do torneio – o Bayern München. Jogando em Viena, o Futebol Clube do Porto virou gigante, desbancou os alemães e levou a “Velhinha Orelhuda” para Portugal depois de 25 anos. Não bastasse o título continental, os portistas viajaram até o gélido Japão para encarar outro clube cheio de tradição, o Peñarol-URU, e provou que nem mesmo um campo coberto de neve seria capaz de apagar a chama do Dragão e o futebol de Madjer, Gomes, Magalhães, Inácio, João Pinto e tantos outros que transformaram o Porto no primeiro – e até hoje único – clube português campeão mundial de futebol, uma façanha que nem mesmo o formidável Benfica de Eusébio e Coluna conseguiu. Mas não foi só isso. Eles venceram vários títulos nacionais e iniciaram naquele final de década uma hegemonia impressionante no futebol de seu país. 

 

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Grandes feitos: Campeão Mundial Interclubes (2004), Campeão da Liga dos Campeões da UEFA (2003-2004), Campeão da Copa da UEFA (2002-2003), Bicampeão Português (2002-2003 e 2003-2004), Campeão da taça de Portugal (2002-2003) e Bicampeão da Supercopa de Portugal (2003 e 2004).

Time base: Vitor Baía; Paulo Ferreira (Seitaridis / Bosingwa), Ricardo Carvalho (Pedro Emanuel), Jorge Costa e Nuno Valente (Ricardo Costa); Costinha, Pedro Mendes (Alenichev / Diego), Deco (Quaresma / Luís Fabiano) e Maniche; Derlei e Hélder Postiga (Benni McCarthy / Carlos Alberto / Jankauskas). Técnicos: José Mourinho (2002-2004) e Víctor Fernandéz (2004).

 

“Prazer em conhecê-lo, José Mourinho”

 

Os portugueses leais ao azul e ao branco do Futebol Clube do Porto viveram três anos simplesmente maravilhosos de 2002 até 2004. Depois de anos dominando o cenário futebolístico nacional com títulos e mais títulos do Campeonato Português, principalmente com o ídolo Jardel, o Porto conseguiu, enfim, expandir sua supremacia para o continente europeu de maneira emblemática, com jovens cheios de talento e lapidados por um treinador novato que logo entraria para o rol dos maiores de todos os tempos: José Mourinho. O polêmico e emburrado técnico conduziu o time de Vitor Baía, Ricardo Carvalho, Costinha, Maniche, Deco e Derlei às maiores glórias possíveis no velho continente: a Copa da UEFA e a Liga dos Campeões da UEFA. E as taças não vieram de qualquer jeito não. Elas foram conquistadas com show, talento, brilho, e um passeio na decisão da Liga contra o Monaco: 3 a 0. Mourinho conseguiu dar ao Porto praticamente todas as glórias, faltando apenas uma Supercopa da UEFA (perdidas para o Milan, em 2003, e Valencia, em 2004). O segundo troféu da Liga igualou os Dragões ao Benfica, maior rival, que desde a década de 60 se vangloriava por ter mais taças europeias que o Porto. Pobres vermelhos… É hora de relembrar os melhores anos da história do Porto, sem dúvida alguma, que tiveram taças, craques, Mourinho, façanhas e a inauguração de um estádio novinho em folha.

 

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História das Aparições em Fátima

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A 13 de Maio de 1917, três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima. Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos.

Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos pendia um terço branco.

A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém.

Na última aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a "Senhora do Rosário" e que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.

Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de Julho de 1917.

 

 

Anos mais tarde, a Ir. Lúcia conta ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, tinha aparecido um Anjo aos três videntes, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência.

Desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de Verão e Inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e no dia-a-dia, num montante anual de cinco milhões.

 

 

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SPORTING 1945-1949 - ESQUADRÃO IMORTAL

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Grandes feitos: Tricampeão do Campeonato Português (1946-1947, 1947-1948 e 1948-1949), Bicampeão da Taça de Portugal (1945-1946 e 1947-1948) e Bicampeão do Campeonato de Lisboa (1946-1947 e 1947-1948). Foi o primeiro clube da história de Portugal a conquistar o Campeonato Português por três vezes consecutivas (considerando a “era moderna” do torneio, a partir de 1938. 

 

Equipa base: Azevedo; Álvaro Cardoso e Manuel Marques (Juvenal); Canário, Octávio Barrosa e Veríssimo; Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano (Armando Ferreira). Técnico: Cândido de Oliveira.

 

“Futebol e Violinos”

 

Foram poucas temporadas juntos, mas o suficiente para entrar no imaginário de qualquer torcedor e em qualquer livro ou enciclopédia sobre futebol. Entre 1945 e 1949, uma equipa vestida de verde, branco e preto reuniu cinco futebolistas que nem pareciam jogadores pagos para chutar bolas ao golo. Eles pareciam músicos de uma orquestra que fazia questão de lotar estádios e ouvir os mais longos aplausos, os mais sinceros elogios e os mais ávidos suspiros. Com eles em campo, um golo parecia ser fácil demais, simples demais. Dificilmente aquele esquadrão ficava um jogo sem balançar as redes do adversário. Ainda mais se os tais músicos estivessem juntos. Correia. Vasques. Peyroteo. Travassos. Albano. Cinco homens. Cinco personagens históricos. Cinco Violinos afinados e que anotaram, juntos, mais de 1200 golos com a camisa do Sporting Clube de Portugal, que acabou de vez com a hegemonia de Benfica e Porto e faturou um inédito tricampeonato nacional entre 1946 e 1949, período de ouro e que consagrou de vez uma das equipas mais prolíficas e avassaladoras de toda a Europa. Com seus cinco violinos e uma turma muito bem treinada pelo técnico Cândido de Oliveira, o Sporting não se cansou de golear os rivais de seu país, trucidou equipas de outras fronteiras e mostrou que Portugal também tinha uma grande equipa mesmo após a II Guerra Mundial e com o mágico e portentoso Torino, da Itália, também brilhando. É hora de relembrar.

 

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Os músicos da bola do Sporting: Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano. 

 

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Peyroteo com o troféu “O Século”, entregue juntamente com o título do Campeonato Português de 1948.

 

 

BENFICA 1960-1964 - ESQUADRÃO IMORTAL

BENFICA 1960-1964

 

Nos anos 60, os anos dourados Daí advém a frase: Benfica maior que Portugal.


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Grandes feitos: Bicampeão da Liga dos Campeões da UEFA (1960-1961 e 1961-1962), Tetracampeão do Campeonato Português (1959–60, 1960–61, 1962–63 e 1963–64) e Bicampeão da Copa de Portugal (1961-1962 e 1963-1964).

 

Equipa base: Costa Pereira; Mario João, Germano de Figueiredo, Angelo Martins e Domiciano Cavém (José Neto); Fernando Cruz, Mário Coluna e Joaquim Santana (José Augusto); José Águas (José Torres), António Simões e Eusébio. Técnicos: Béla Guttmann (1960-1962), Fernando Riera (1962-1963) e Lajos Czeizler (1963-1964).

 

 

“Soberano português”

 

A Europa, no começo da década de 60, já estava “cansada” da soberania do esquadrão do Real Madrid no continente, que já durava cinco longos anos. Desde 1955 a equipe merengue não deixava absolutamente ninguém vencer o então novo torneio continental, a Liga dos Campeões da UEFA. Pentacampeões, parecia que aquela hegemonia do Real iria durar para sempre. Felizmente, só parecia. Já na temporada 1960-1961 a equipa brancaleone sucumbiu logo na primeira fase da competição ao cair para o arquirrival Barcelona e deu adeus ao sonho do hexa. Mas não seria o Barça que iria fazer a festa espanhola mais uma vez. Uma equipa lusitana que começava a revelar uma das maiores joias do futebol mundial (Eusébio) acabaria com a farra da Espanha no continente e venceria a Liga duas vezes seguidas: o Benfica. A equipa portuguêsa deu show ao mostrar um padrão de jogo extremamente ofensivo e bonito, com muitos golos, ótimos atacantes e uma soberania imensa em Portugal. A equipa de Lisboa colocou Portugal definitivamente no mapa do futebol e foi a base da ótima seleção portuguesa da década de 60, que conseguiu um histórico terceiro lugar na taça do Mundo de 1966. 

 

 

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 A base do Benfica na era Guttmann: melhor equipa portuguêsa de todos os tempos.

 

 

 

 
 

Origem das varinas

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Começaram por chamar-se ovarinas e passaram a varinas.

Mulheres de garra, fizeram parte de uma Lisboa de outros tempos.

 

Começaram por ser Ovarinas, porque eram principalmente de Ovar, Murtosa e outras localidades perto de Aveiro, e vinham para Lisboa em busca de trabalho.

 

Mulheres de têmpera rija, habituadas às durezas do campo e da pesca, tornaram-se num símbolo da cidade, com os seus pregões e as suas vestimentas características, e também com a sua relativa liberdade e esperteza afiada na vivência de rua e de bairro.

 

As varinas com a sua canasta á cabeça, e com os seus pregões matinais contagiantes


Oh viva da costa.
Olha a sardinha, é vivinha da costa.
Há carapau e sardinha linda.
Há Carapau fresquinho, olha o carapau para o gato.
Ó freguesa desça a baixo.
Ó freguesa leve um quarteirão, é fresquinha a minha sardinha.
Tenho Chicharro lindo, carapau, pescada fina.

Os primeiros selos de correio portugueses

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Em 1 de Julho de 1853 foram colocados à venda os primeiros selos de correio portugueses. Tratava-se dos selos de 5 e 25 reis, com o busto, em perfil, da monarca, D. Maria II, num cunho aberto por Francisco de Borja Freire. O selo de 100 réis foi posto à venda no dia 2 e o de 50 réis só no dia 22 do mesmo mês e ano.

 

Portugal tornava-se, assim, no 45.º Estado a adoptar uma reforma postal concebida à semelhança da que tinha sido implementada por Sir Rowland Hill, 13 anos antes, na Grã-Bretanha, ao introduzir, a 6 de Maio de 1840, os primeiros selos postais em circulação no Mundo.


A principal reforma consistia no prévio pagamento de um serviço que era encomendado aos correios. Acabava assim a prática de ser o destinatário a pagar um serviço encomendado por outro. A taxa de serviço era igual para todo o país, variando apenas em função do seu peso ou da sua qualidade (impressos, manuscritos, cartas particulares, amostras de fazenda, etc.).

Esse pedaço de papel, com a indicação da franquia paga pelo serviço a prestar, era já, então, coleccionado por todo o mundo. Uma nova colecção – a filatelia – começava então, para continuar ainda nos dias de hoje, tornando-se, por ventura, numa das mais antigas e populares actividades lúdicas.

Depressa se tornou impossível a colecção sistemática de todos os selos de um país, quanto mais do mundo. Os chamados selos “clássicos”, grosso modo os que circularam no século XIX, tornaram-se objecto de grande raridade.

Algumas administrações postais, a fim de satisfazerem o capricho de um monarca estrangeiro que desejava ter a sua colecção dos selos completa, mandavam reimprimir as séries que já tinham sido retiradas de circulação e que se tinham esgotado, dando assim origem a novas variedades e novas colecções.


Aos poucos, o Estado compreendeu o valor cultural que um selo poderia ter e propagandear. Juntamente com os selos base – ou normais –, destinados apenas a satisfazer as necessidades correntes, com tiragens ilimitadas, começaram a aparecer os chamados selos comemorativos, de tiragens limitadas e, inicialmente, com circulação temporal limitada também. Em Portugal, a primeira série comemorativa apareceu em 1894, quando da evocação do 5.º centenário do nascimento do Infante D. Henrique.

Mas, se nos primeiros 75 anos de circulação dos selos portugueses, só se emitiram nove séries comemorativas – evocando (para além do Infante D. Henrique) o nascimento de Santo António, o descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia, a travessia aérea do Atlântico Sul, o nascimento de Luís de Camões, o nascimento de Camilo Castelo Branco e a Independência de Portugal (três séries) – (a que se poderiam ainda juntar algumas séries de selos de imposto postal: Assistência, Festas da cidade de Lisboa, Padrões da Grande Guerra, monumento ao Marquês de Pombal), depressa se compreendeu o papel divulgador que o selo poderia representar, aproveitando-o o Estado inclusive para fins de propaganda política.

Quase todos os acontecimentos importantes ou datas significativas passaram a serem contemplados com a emissão de uma série. Surgiram assim novas formas de colecção – a filatelia temática –, em que o que motiva a colecção não é já o selo, como franquia de pagamento de um serviço, mas sim a mensagem que se nele transmite.

Com o advento dos selos apareceram os carimbos para sua inutilização, dando origem a uma nova colecção sistematizada e especializada – a marcofilia. Os filatelistas criaram ainda colecções de provas e de ensaios de selos, de reimpressões de selos antigos, de pagelas explicativas das diferentes emissões, de envelopes de primeiro dia de circulação, de carimbos comemorativos, de inteiros postais (peças que podem circular sem ser necessário colar nenhum selo – como é o caso dos aerogramas, de bilhetes postais e envelopes já com o selo impresso), de maximafilia (em que se procura a conjugação do motivo do selo, com a imagem de um bilhete postal e de um carimbo relacionado), etc.

 

Em torno do selo e das colecções por si motivadas produziu-se vasta bibliografia.
Começavam, de imediato, as publicações especializadas relacionadas com os selos, dedicadas aos seus coleccionadores. Álbuns e catálogos foram as primeiras, mas produzidos fora das fronteiras nacionais. Foi preciso esperar pelo ano de 1887, para aparecer a primeira publicação periódica portuguesa, O Philatelista, Orgão do Centro Philatelico Portuguez, propriedade de Faustino A. Martins, publicada em Lisboa, com irregularidade, em 4 séries, até Abril de 1896.


Alexandre Guedes de Magalhães, em 1951-52, publicou no Mercado Filatélico, n.ºos 50-53, um primeiro “Inventário da bibliografia filatélica portuguesa - Apontamentos” onde se podem testemunhar os avanços da bibliografia relacionada com o selo postal português.


Estamos conscientes de que as colecções da Biblioteca Nacional e da Biblioteca da Fundação Portuguesa das Comunicações (Lisboa) estão longe de completas no que se refere à bibliografia produzida durante os 150 anos que decorreram desde o aparecimento do selo postal, em Portugal, e com ele relacionada.

As bibliotecas dos Clubes Filatélicos são detentoras de material precioso e raro. Esperamos que sigam o exemplo da Biblioteca Nacional e que produzam inventários das suas colecções para que, num amanhã, seja possível a edição de uma bibliografia mais completa.

 

 

João José Alves Dias
Presidente da Direcção do
Grupo de Amigos do Museu das Comunicações

Emigração portuguêsa nas décadas de 60 e 70

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Os anos 60 e início dos anos 70 são caracterizados por uma forte emigração portuguesa para a Europa, não só para trabalhar, mas, também, para fugir à guerra colonial.

 

os países mais afectados pela II Guerra Mundial (França, Alemanha, Reino Unido, etc,) procuram iniciar a reconstrução das suas economias.Assim necessitavam de muita mão-de-obra o que levou a começar a atrair a população Portuguesa.

 

Causas da emigração portuguesa nas décadas de 60 e 70

 

- O atraso económico do nosso país e os baixos salários praticados;

 - O regime ditatorial que durante 48 anos vigorou em Portugal;

 - A guerra colonial, que levava a que muitos jovens procurassem fugir ao serviço militar;

 - A insuficiência de recursos de Portugal e o baixo nível de vida da população;

 - O relatos de sucesso de muitos emigrantes, que serviam de atractivo para os familiares e amigos.

 

Entre 1958 e 1974, cerca de um milhão de portugueses instalam-se em França, dispostos a trabalharem em tudo o que lhes apareça. As formas brutais da sua exploração  começam em Portugal, com as redes que os transportam até à fronteira, e não raro os abandonam pelo caminho. Muitos portugueses morrem neste percurso. Em França são vítimas de todo o tipo de discriminações no trabalho, no alojamento e nas mais pequenas coisas do dia-a-dia, uma humilhação que a custo suportam. Muitos poucos esperam enriquecer, mas todos esperam  conseguirem uma vida mais digna que lhes é recusada na própria terra. Trata-se de uma verdadeira vaga, em grande parte clandestina, contra a qual todas as leis se revelam ineficazes. Em poucos anos despovoam-se regiões inteiras abrindo-se profundas rupturas na suas estruturas económicas, sociais e culturais. Nada voltará a ser como dantes!    

 

 

OS BAILES " antigamente "

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Nos bailes de antigamente, os jovens percorriam o salão em busca da rapariga ideal para iniciar um romance.

Caso ela fosse localizada na mesa com os pais, as pernas tremiam.

Tinham de arranjar coragem e talvez fosse esse o combustível (coragem) para encorajar o ato de atravessar o salão e chegar na mesa com o convite, formalismo, “vamos dançar?”

O “sim” dela poderia significar que também queria dançar, pois os olhos já tinham se cruzado num momento do baile, mas poderia ser apenas o “sim” formal para não dar um “cabáço” no rapaz audacioso.

 

 

Neste último caso, a regra que a jovem aprendeu em casa com a mãe casamenteira,não significaria que havia outro interesse a não ser o da boa educação.

 

No entanto, se “começássem a se interessar um pelo outro” ai, Jesus! – as danças se prolongariam por todo o baile e, na hora exata, os rostos se colavam e a sedução começava com uma conversa de ouvido.

 

O ato de seduzir transformava-se numa enciclopédia romântica que valia até mentiras ingénuas.

 

O beijo roubado, quando as luzes diminuíam de intensidade, era, talvez, o único da noite.

 

Quem não dançou uma vez na vida de rosto colado não sabe o que perdeu.

CARTAS DE AMOR

"Carta a pedir namoro", sendo datada do Porto, em 31 de Janeiro de 1949

 

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«Menina F... / Em primeiro lugar faço votos para que estas minhas duas letrinhas / a possam encontrara a gozar uma perfeita saúde, que eu / ao descrever-lhe o meu amôr que sinto pela / menina, fico bom felizmente. / Menina, desde o primeiro dia em que tive a suprema felicidade de a poder apreciar, fiquei um pouco emprecionado / e não pude dirigir-lhe uma pequena frase, / para que meu coração ficasse mais um pouco calmo / Mas enfim como hoje acorda-se com um coração / em sobre-saltos, fui obrigado a declarar-lhe o meu amor / que pela sua pessoa sinto.

A menina para mim foi a mulher mais bela, que / desde o meu nascimento pude apreciar com a minha visão. Linda todo o seu corpo me pareceu um fenómeno.

 

Esses seus olhos lindos pareceram-me duas pedras / preciosas imaginárias, seus cabêlos como o ouro e a sua face rosada, enfim não posso / descrever-lhe como você seja bela e formosas.

Bem sei que a minha dignidade / como homem não se compara com a da menina, mas enfim desculpe-me de eu lhe dirigir esta simples carta, pois foi só simplesmente para lhe declarar o amôr que por / si sinto.

Pois de si espero uma pequena resposta à minha declaração, e espero que ela me venha a agradar; e para isto basta dizerme que me declara amôr. / Sem mais passo a pedir-lhe desculpa pela ousadia que tive em lha escrever.

Estimo que tenha / saúde e felicidade, sou este que me assino, [...]

 

(artigo copiado do blogue torre de moncorvo)

 

 

 

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 As declarações eram assim, Quando ainda nem havia Dia de S. Valentim

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