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PORTUGALd'antigamente

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A RODA dos ENGEITADOS

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A tão falada Roda, não é nem nunca foi "um dispositivo onde os filhos ilegítimos e indesejados eram deixados em segredo".

 

A Roda,é um meio de passar objectos (comida, livros, roupa, etc ) do exterior para o interior (ou no sentido contrário) de um convento através de um cilindro rotatório em madeira, principalmente em conventos de clausura.

Em muitos conventos, principalmente de Freiras de clausura, vendiam-se os produtos da horta conventual, doces, hóstias ou roupa as pessoas no exterior, de modo a poderem angariar dinheiro para a congregação e poderem dar dinheiro à igreja. Naturalmente, não podiam negociar directamente com as pessoas, pelo que, de maneira a poder efectuar as vendas, criaram-se uns cilindros giratórios de madeira com bandejas, que não permitem a comunicação visual. Os objectos eram colocados na bandeja interior, rodando-se depois o cilindro de madeira, permitindo a recolha do lado oposto.

 

Só com o passar do tempo, e não existem registos rigorosos de quando se terá iniciado esta prática, é que as crianças "mal nascidas" começaram a ser deixadas nestes locais, pois garantiam a perfeita confidencialidade de quem abandonava a criança e garantiam (???) que a criança seria recolhida e seria educada em ambiente cristão.

Mesmo que a criança morresse, pensava-se que ao estar em solo consagrado, poderia obter o perdão divino e "seguir" para o Purgatório.

A Roda nunca teve este propósito, como muitas pessoas julgam.

 

Foi proibido e penalizado o abandono de crianças através deste método, embora haja casos conhecidos e registados até à década de 50 (pelo menos).

Sopa dos pobres ou Sopa de Sidónio

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 Como as pessoas tinham muitos filhos e não tinham o que lhes dar de comer, recorriam à Sopa dos Pobres, que forneciam sopa e pão às famílias mais necessitadas de acordo com o n.º do agregado familiar (comprovado mediante a apresentação de um cartão).

Muitas vezes eram as próprias crianças que a mando dos pais iam buscar a sopa ao meio-dia, carregando uma lata (antigas latas de 5 kg de atum das mercearias que eram reutilizadas) que servia de panela.

A sopa era feita com massa, feijão ou grão e com “peles” ou apenas “cheiro de carne”.

Mas “como a fome é o melhor tempero”, foi um auxílio importante à sobrevivência dos mais pobres.

A sopa dos pobres ficou popularmente conhecida como “Sopa do Sidónio” porque fora Sidónio Pais, Presidente da República no período pós Iª Guerra Mundial, que fundou a célebre sopa aos mais pobres.

Esta medida foi tão popular que as pessoas ainda no Estado Novo de Salazar, se referiam “à Sopa do Sidónio”.

 

Ás vezes a fome era tanta que, no caminho até casa, acabavam por comer o bocado de pão que era dado para a família.

Quando chegavam a casa apanhavam uma “valente tareia” da mãe.
No período do estado Novo, os mendigos não andavam nas ruas porque era proibido mendigar nas ruas e a polícia levavam-nos para a Mitra, uma Instituição para os indigentes (pedintes).

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