Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

PORTUGALd'antigamente

- TRADIÇÕES - CURIOSIDADES - HISTÓRIA - LENDAS - PORTUGALdantigamente ....

PORTUGALd'antigamente

- TRADIÇÕES - CURIOSIDADES - HISTÓRIA - LENDAS - PORTUGALdantigamente ....

AS MERCEARIAS

taberna 08.jpg

 Nos anos cinquenta do século passado existiam inúmeras mercearias que procuravam dar resposta às necessidades de consumo da população.

 

Se pesava o sal, a farinha, o arroz, o grão, o feijão e o café, os quais eram fornecidos ao cliente dentro dum cartuxo de papel acinzentado. Só que neste último caso, (do café) o aroma começava logo ali a povoar-nos as narinas e a revelar ou não a sua qualidade.

 

A manteiga e a banha de porco eram retiradas de latas grandes, com o auxílio das respectivas espátulas e eram pesadas em papel vegetal, com o qual se fazia o embrulho, o qual, por sua vez, era embrulhado em papel manteigueiro.

O azeite era aviado em garrafa levada de casa pelo cliente e medido e tirado de um bidão, situado por debaixo do balcão, com o recurso a uma bomba de dar à manivela.

Este azeite, na altura da sua compra ao fornecedor, tinha a acidez testada pelo merceeiro, que para o efeito dispunha dum estojo de óleo-acidímetro.

É que a vida comercial era respeitável e não se podia vender gato por lebre.

 

As especiarias (pimenta, cravinho, cominhos, noz moscada, colorau) eram pesadas em folhas de papel de chá, de dimensão adequada, com as quais se improvisava a embalagem.

Esta, algumas vezes era cónica e obtida por enrolamento, fixado no fim, através de dobragem na ponta.

Enlatados, levavam-se para casa: atum “Tenório”, sardinhas em azeite “Tricana” e salsichas “Frescata”. Embalados, levavam-se caixas grandes de fósforos “Clube”, a fim de serem usados na cozinha, assim como farinha “Amparo”, “Predilecta” ou “33”, para adicionar ao leite do pequeno-almoço.

Habitualmente levava-se bacalhau que a gente escolhia e que era cortado com a respectiva faca, mesmo ali à nossa frente, para depois ser embrulhado em papel de jornal.

 

No tempo em que toda a gente tinha O “Livro dos Fiados”

Porque o chefe de família não tinha recebido ainda o magro salário ou por dificuldades económicas, eram registadas em livros estreitos e de capa negra, os avios que as carências da época não permitiam satisfazer imediatamente, mas que a honra de cada um avalizava que seriam pagas, o que infalivelmente era feito, no mais curto espaço de tempo possível.

 

 

OS GUARDA - FIOS

Guarda-fios.39.jpg

 Os guarda-fios no século XIX eram funcionários ligados ao Ministério das Obras Públicas e tinham como função instalar, reparar e fiscalizar as linhas do telégrafo.

O guarda-fios "fazia rondas habituais a pé, num perímetro chamado cantão, onde verificava a deficiência dos traçados, que incluíam postes desaprumados, espias e linhas desreguladas e isoladores partidos.

Com os anos, criaram-se três tipos de traçados - telegráfico, telefónico e de altas frequências -, obrigando o guarda-fios a trabalhos suplementares."

Por causa do seu trabalho que, em geral, não podia conhecer a fadiga nem os rigores do clima, eram possíveis as comunicações até onde chegava essa nova tecnologia em Portugal. Presentes desde a introdução do telégrafo em 1855, a sua visibilidade concretizava-se especialmente na possibilidade quotidiana de enviar mensagens.

ÚNICO PAPA de origem PORTUGUESA

500x500.jpg

Pedro Julião (ou Pedro Hispano) (Papa João XXI)

 

Único papa de origem portuguesa, nascido entre 1210 e 1220, em Lisboa, e falecido em 1277, em Viterbo.

Pedro Julião (ou Pedro Hispano) era médico de formação (escreveu obras científicas como o Tesouro dos Pobres e O Olho). Foi este o cargo que desempenhou na corte papal de Gregório X, tendo sido seu médico particular.

Tornou-se também, em 1272, arcebispo de Braga, e no ano seguinte cardeal de Tusculum. Grande erudito, estudou Filosofia, Medicina, Teologia e Matemática em Paris.


Depois da sua nomeação decidiu estabelecer-se em Viterbo, tendo mandado construir as instalações necessárias no palácio pontifical para o prosseguimento das suas investigações no campo da medicina.
Adotou o nome de João XXI por lapso, uma vez que não existiu papa algum com o nome de João XX.

 

Tendo a sua eleição sido propiciada por Giovanni Gaetano Orsini, um poderoso cardeal da cúria (futuro papa Nicolau III), com o intuito de governar através de Pedro Julião, foi efetivamente o que acabou por acontecer, dada a absorção do pontífice nos assuntos da medicina.


João XXI confirmou a anulação que o seu antecessor, Adriano V, tinha feito do decreto relativo às eleições papais. Em Portugal, o papa advogou também a imunidade eclesiástica, contra o desejo dos senhores temporais.


Neste papado sobressaíram as medidas que visavam a implantação da autoridade do sucessor de São Pedro por toda a Cristandade e a instigação de uma nova cruzada. Assim, foi efetuada uma tentativa de continuar as negociações que Gregório X entabulara com o imperador bizantino Miguel VIII e com o clero oriental.

Contudo, a posição flexível de Gregório X não tinha sido tomada pelos pontífices que o sucederam, tendo os ultimatos feitos a Bizâncio antes do papado de João XXI criado uma atmosfera de reticência e frieza.


Pedro Hispano mandou, em 1277, fazer um levantamento da matéria ensinada na Universidade de Paris que poderia ser considerada materialista, uma vez que o estudo de Aristóteles, levado ao extremo, poderia transmitir esta noção. O resultado foi desanimador, uma vez que ascendia ao número de duzentas e dezanove as teses com este cariz.
Este papa foi sepultado em Viterbo, onde faleceu.


Da sua vasta obra escrita merece ser destacado o livro Summulae Logicales(Súmulas de Lógica), uma sistematização da lógica clássica.

 

(fonte infopédia)

 

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Mais sobre mim

foto do autor

Mensagens

Comentários recentes

Calendário

Fevereiro 2016

D S T Q Q S S
123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
2829
Em destaque no SAPO Blogs
pub