As noras são engenhos fixos e circulares para tirar água dos poços, ribeiras e rios, compostas por uma roda que faz mover a corda a que estão presos alcatruzes ou cubos encadeados: baldes que transportam a água, num calabre flexível que acompanha o perímetro da roda que o traciona.
Inicialmente as noras eram acionadas por mulas, burros, ou machos que quando “presos à nora” se deslocavam de olhos vendados para que dessem mais rendimento e não perdessem o sentido de orientação.
video de burro a puxar a nora
A nora terá chegado à península ibérica pelas mãos dos árabes, constituindo uma grande evolução nas técnicas de elevação de água e rega.
Podem encontrar-se variados modelos e formatos de noras, mas o princípio de funcionamento é comum a todos
(noras com engenhos montados em poços em que o animal andava ao lado, descrevendo um círculo ou em que o animal trabalhava num círculo à volta da nora, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio; e noras de elevação, com mina, para tirar a água a balde pelo interior).
A nora mais utilizada era aquela em que o engenho está a descoberto e o animal anda à sua volta.
Fixas no bordo da roda, os alcatruzes enchem-se e esvaziam-se á medida que a roda gira e transportam a água do rio para canais de irrigação
Os espigueiros são construções de características defenidas, criados para armazenamento do milho.
O espigueiro, também chamado canastro, caniço ou hôrreo, é uma estrutura normalmente de pedra e madeira, existindo no entanto alguns inteiramente de pedra, com a função de secar o milho grosso através das fissuras laterais, e ao mesmo tempo impedir a destruição do mesmo por roedores através da elevação deste.
Espigueiros
Como o milho requer que seja colhido no Outono, este precisa de estar o mais arejado possível para secar numa estação tão adversa como o Inverno.
No território de Portugal Continental, encontram-se principalmente a Norte, em particular na região do Minho.
Conjunto de Espigueiros do Soajo
Esta é uma das maiores concentrações de espigueiros de Portugal, com construções todas de pedra.
Ao todo são 24 espigueiros de tipo galaico-minhoto, sendo o mais antigo do ano de 1782.
É possível ver o caráter sagrado dado ao local, devido às cruzes no topo dos espigueiros para, segundo as gentes locais, proteção divina do que lá é guardado, muitas vezes o único meio de sobrevivência comunitária.
A Passarola voadora foi a primeira aeronave conhecida no mundo a efectuar um voo.
Inventada por Bartolomeu de Gusmão, tendo voado pela primeira vez a oito de Agosto de 1709.
A passarola de Gusmão
A Passarola era um aeróstato, cujas características técnicas não são actualmente conhecidas na totalidade.
Apesar de existirem desenhos e descrições da época, não se sabe hoje em dia quais as exatas carcacterísticas/ técnicas da Passarola voadora uma vez que todos os projetos e documentos originais terão sido perdidos.
Este acontecimento deve-se também ao desconhecimento dos autores da época em questões relacionadas com a ciência aeronáutica.
" o padre voador "
Foi um sacerdote secular, cientista e inventor nascido em 1685 em São Vicente, Brasil.
Foi baptizado com o nome de Bartolomeu Lourenço, sendo o quarto filho de Francisco Lourenço Rodrigues e Maria álvares.
Será mais tarde, em 1718 que adopta o apelido de Gusmão em homenagem ao preceptor e protetor jesuíta Alexandre de Gusmão.
Apesar da sua grande Amizade com o Rei fora forçado a fugir à inquisição por se tratar de um visionário
Faleceu em Toledo, Espanha a 1724
Foi famoso por ter inventado o primeiro aeróstato operacional, a que chamou de PASSAROLA
Nas décadas de 50 e 60, as revistas femininas eram praticamente a única forma de entretenimento para as mulheres .
Os artigos destas publicações eram escritos por homens, já que as mulheres ainda não estavam inseridas no mercado de trabalho.
Expressavam pontos de vista masculinos sobre como as mulheres deveriam agir
Nestas revistas, o ideal do matrimonio feliz era baseado na forma como as mulheres deveriam se comportar dentro e fora do espaço doméstico.
Como as revistas eram uma importante fonte de informação e referência para as mulheres destes períodos, elas se tornavam verdadeiras conselheiras, sempre com mensagens persuasivas e que tinham como objectivo alienar toda uma geração de mulheres.
Algumas dicas e conselhos que eram publicados
Capa de revista feminina antiga
- Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas. (Jornal das Moças, 1957)
- Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto. (Revista Claudia, 1962)
- Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros
espalhados por toda casa. (Jornal das Moças, 1957)
Os temas abordados eram quase sempre machistas......................
O português que enganou os alemães na I Guerra Mundial
Aníbal Augusto Milhais (1895-1970) partiu de Portugal com pouco mais de 20 anos rumo à Flandres francesa, como «carne para canhão» numa guerra que ceifou a vida a milhões de pessoas.
A sua coragem fez dele um herói
Na Batalha de La Lys, contrariando as ordens de um oficial, ficou a cobrir a retirada dos seus camaradas portugueses e britânicos.
Acompanhado de uma metralhadora ligeira Lewis, a sua Luisinha, foi protagonista de um ato de bravura reconhecido.
Depois de dias a vaguear sozinho por trincheiras e descampados, regressou para junto do seu batalhão.
A lenda nasceu
Ainda na Flandres, passa a ser chamado Milhões (numa alusão ao seu valor) e é condecorado com a Ordem de Torre e Espada.
Torna-se, aliás, o único soldado raso a receber ainda em França a mais alta condecoração a que um militar português pode aspirar.
Em 1919, regressa a Valongo (actualmente Valongo de Milhais), casa e tem filhos.
A sua história parecia terminada e vetada ao esquecimento quando, em 1924, o jornal Diário de Lisboa decide resgatar o herói fazendo dele uma lenda viva.
Numa época em que a República se encontrava moribunda, a exibição de um herói capaz de aglutinar massas em torno do regime e fazer esquecer o estigma de um «Alcácer Quibir do século 20» revestia-se de grande relevância. Depois disso, a Pátria não se esqueceu do seu herói.
Chamou-o recorrentemente para o mostrar em cerimónias de regime, sempre que foi preciso enaltecer a nação e exaltar os valores da «raça».
E Milhões lá aparecia onde quer que fosse chamado, fardado e com seis medalhas reluzentes ao peito.
Atestado de virgindade que existe no Arquivo Distrital de Viseu cuja data não foi possível precisar, mas parece ser do início do século passado.
É um certificado passado por uma parteira da época, chamada Bárbara Emília, natural de Coira, Viseu
A pedido de uma jovem que pretendia libertar-se da difamação e provar a sua virgindade, para contrair casamento.
O documento diz o seguinte:
Eu, Bárbara Emília, parteira que soy de Coyra, atestu e curtifico que Maria dos Prazeres Jacynto Leite Capello Rêgu tem as partes fodengas talinqual comu veyo ao mundo inseto uma noida negra no alto da crica que não sendo de nacenssa é proveniente de marradas de pisa.
Por ser verdade pasei o prezente atestado de virgindade.
É que a explicação da data estará relacionada com a adoção do calendário gregoriano, o qual pôs termo ao sistema anterior (o ano iniciava-se a 25 de março e incluía uma semana de festejos rijos).
Em 1564, o rei francês Carlos IX adotou finalmente a nova data, que coincidiu com o primeiro dia de abril.
Resistentes à mudança, muitos franceses ignoraram o novo calendário durante anos a fio e seguiram fielmente o antigo até ao fim dos seus dias.
O 1 de abril passou, assim, a ser sinónimo de uma data que não se leva a sério..............
Em Portugal, por sua vez, foi precisamente nesse dia que se realizou a primeira sessão legislativa, coincidência logo aproveitada pelo povo para invetivar os representantes da nação, sempre tidos em pouca conta pelos estratos mais desfavorecidos.