Mais especificamente da ilha Terceira, apesar de haver quem diga que a receita original nasceu no Faial.
O equilíbrio entre os sabores doces, salgados e azedos fica perfeito.
E as especiarias conferem-lhe um paladar requintado e muito especial...
No campo comem esta sopa sobre fatias de pão de trigo.
Ingredientes:
Para 6 pessoas
500 g de feijão canário (amarelo) ;
1 cebola ;
2 dentes de alho ;
1 colher de sopa de azeite (ou de banha) ;
1 talhada de abóbora ;
3 batatas-doces (médias) ;
2 batatas da terra (comuns) ;
1 colher de sopa de vinagre ;
1 colher de sopa de açúcar ;
1 colher de chá de canela ;
sal
Confecção:
Demolha-se o feijão e coze-se em água com a cebola, os dentes de alho e o azeite (ou a banha).
Reduz-se a puré. Juntam-se a abóbora, as batatas aos quadradinhos e tempera-se com o vinagre, o açúcar e a canela. Deixa-se cozer e rectifica-se o sal.
Guimarães, Coimbra, Lisboa, Rio de Janeiro e Angra do Heroísmo
Estas foram as cinco capitais que Portugal já teve ao longo dos seus quase 900 anos de história.
Comecemos pelo início, Guimarães, primeira capital do Condado Portucalense e do país é uma das mais importantes memórias vivas, da afirmação e independência de Portugal.
O papel da cidade desempenhado na formação da nacionalidade portuguesa confere-lhe uma singularidade, muito marcada no contexto turístico nacional, um estatuto simbólico que mantém desde há séculos.
Com D. Afonso Henriques a capital passa a ser Coimbra, a decisão foi estratégica pois esta mudança da capital para os campos do Mondego revelou-se vital para viabilizar a independência do novo país, a todos os níveis: económico, político e social.
Coimbra foi capital até 1255. Depois de Coimbra foi a vez de Lisboa, no entanto durante as invasões francesas a família real estabeleceu-se no Brasil, fazendo com que o Rio de Janeiro fosse a nova capital do Reino de Portugal.
Nesta altura registou-se o que alguns historiadores denominam de “inversão metropolitana”, ou seja, da antiga colónia passou a ser exercida a governação do império ultramarino português.
No século XIX, Angra do Heroísmo constitui-se no centro e alma do movimento liberal em Portugal. Tendo abraçado a causa constitucional, aqui se estabeleceu em 1828 a Junta Provisória, em nome de Maria II de Portugal.
Portanto foi natural que em 1830 fosse nomeada capital do reino.
Numa noite sem luar, cercava o exército de D. Afonso Henriques a fortaleza de Óbidos onde os mouros resistiam já há cerca de dois meses.
D. Afonso Henriques e Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador, tinham decidido que o ataque seria realizado na madrugada do dia seguinte antes de se retirarem para as suas tendas.
Dormia já o Lidador quando foi acordado por uma voz de mulher que lhe pedia para ser conduzida à tenda do rei de Portugal, pois tinha algo de importante a comunicar-lhe.
A jovem vivia no castelo dos mouros mas não sabia se era moura porque nunca tinha conhecido os seus pais.
Temendo uma cilada dos mouros, foi com alguma relutância que o Lidador a conduziu à presença do rei, perante o qual a jovem revelou o sonho que se repetia há três noites.
Neste sonho, aparecia-lhe um homem novo de barbas castanhas e olhar doce que a incumbiu de transmitir uma mensagem para o rei de Portugal: o rei deveria reunir os soldados e liderá-los num ataque surpresa na parte fronteiriça do castelo, enquanto que o Lidador se deveria dirigir com dez homens às traseiras onde a jovem donzela abriria uma porta para os deixar passar.
O homem de olhar doce prometia Óbidos aos cristãos e a salvação à jovem donzela.
Apesar da hesitação do Lidador, D. Afonso Henriques já não se atrevia a duvidar dos desígnios divinos após o Milagre de Ourique. Na manhã seguinte, Óbidos foi conquistada conforme o sonho da misteriosa jovem que nunca mais foi vista.
A porta que franqueou a entrada dos cristãos ficou para sempre conhecida como a Porta da Traição.
A mulher na família no fascismo - Total ausência de direitos
A situação da mulher na sociedade portuguesa, caracterizada pela ausência total de direitos
A família é dominada pela figura do chefe, que detém o poder marital e paternal.
o chefe de família é o administrador dos bens comuns do casal, dos bens próprios da mulher e bens dos filhos menores.
– O único modelo de família aceite era o resultante do contrato de casamento.
– A idade do casamento era 16 anos para o homem e 14 anos para a mulher;
– A mulher, face ao Código Civil, podia ser repudiada pelo marido no caso de não ser virgem na altura do casamento.
– O casamento católico era indissolúvel (os casais não se podiam divorciar).
– O Código Civil determinava que “pertence à mulher durante a vida em comum, o governo doméstico”.
– Distinção entre filhos legítimos e ilegítimos (nascidos dentro e fora do casamento): os direitos de uns e outros eram diferentes.
– Mães solteiras não tinham qualquer protecção legal.
– A mulher tinha legalmente o domicílio do marido e era obrigada a residir com ele.
– O marido tinha o direito de abrir a correspondência da mulher.
– O Código Penal permitia ao marido matar a mulher em flagrante adultério (e a filha em flagrante corrupção), sofrendo apenas um desterro de seis meses;
– Até 1969, a mulher não podia viajar para o estrangeiro sem autorização do marido.
Saúde Sexual e Reprodutiva
– Os médicos da Previdência não estavam autorizados a receitar contraceptivos orais, a não ser a título terapêutico.
– A publicidade dos contraceptivos era proibida.
– O aborto era punido em qualquer circunstância, com pena de prisão de 2 a 8 anos. Estimavam-se os abortos clandestinos em 100 mil/ano, sendo a terceira causa de morte materna.
– Cerca de 43% dos partos ocorriam em casa, 17% dos quais sem assistência médica; muitos distritos não tinham maternidade.
– A mulher não tinha o direito de tomar contraceptivos contra a vontade do marido, pois este podia invocar o facto para fundamentar o pedido de divórcio ou separação judicial.
Direitos cívicos e políticos
– Até final da década de 60, as mulheres só podiam votar quando fossem chefes de família e possuíssem curso médio ou superior.
– As mulheres apenas podiam votar para as Juntas de Freguesia no caso de serem chefes de família (se fossem viúvas, por exemplo), tendo de apresentar atestado de idoneidade moral.
Em 1932, em todos os manuais de leitura estava incluída a seguinte frase: “Na família, o chefe é o pai; na escola, o chefe é o mestre; na igreja, o chefe é o padre; na Nação, o chefe é o governo.”
Em 1936, o Ministério da Educação proibiu as professoras de usar maquilhagem e indumentária que não se adequasse à “majestade do ministério exercido”; as professoras só podiam casar com a autorização do Ministro, concedida apenas desde que o noivo demonstrasse ter “bom comportamento moral e civil” e meios de subsistência adequados ao vencimento de uma professora.
Em muitas localidades, quando uma mulher morria os sinos dobravam menos vezes do que quando era um homem.
Natural de Lisboa, foi a primeira mulher portuguesa que frequentou, em regime de voluntariado, uma instituição de ensino superior em Portugal.
Assim, a 12 de Outubro de 1880, com 25 anos, matriculou-se na Escola Politécnica de Lisboa (mais tarde, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa)
e o livro de «Matrículas e Exames» do Arquivo da Escola confirma a sua estadia até 1884.
(…) Mas terá Elisa Andrade prosseguido os seus estudos?
Algumas fontes indicam que sim e que terminou Medicina em 1889.
Se assim foi, deve ser considerada a primeira médica portuguesa.
fonte deste post: http://mulheresimportantesdonossotempo.blogspot.pt/
De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Portugal tem classificados 470 exemplares individuais como árvores monumentais e 82 conjuntos de árvores.
E alguns desses verdadeiros colossos são:
O carvalho mais antigo da Península Ibérica, que está plantado na Póvoa do Lanhoso e tem 700 anos
A mais antiga oliveira, situada em Santa Iria de Azoia, com 2850 anos
O Castanheiro com 500 anos que vive em Vila Pouca de Aguiar
Um eucalipto da Mata Nacional de Vale de Canas, em Coimbra, com 72 metros e que é a árvore mais alta da Europa
Um outro eucalipto com 11 metros de largura, localizado no concelho de Sátão
Não nos podemos esquecer que as árvores monumentais são testemunhas vivas de acontecimentos histórico-culturais, constituem uma memória de hábitos, costumes, lendas e tradições, valorizam a paisagem e o património edificado e representam um elemento diferenciador e identitário de todo um povo e de uma região que importa preservar.
A Livraria Bertrand do Chiado, em Lisboa, está de portas abertas desde 1732 e é o estabelecimento livreiro mais antigo em todo o Mundo.
Ao longo dos anos, a livraria Bertrand tem sido retiro de escritores e refúgio de revolucionários.
As histórias são muitas, nomeadamente as que envolvem conspiradores republicanos.
José Fontana (que se suicidou no interior da loja), Antero de Quental e Aquilino Ribeiro são alguns dos "fantasmas" cujas sombras permanecem vivas no interior da Bertrand.
A Livraria Bertrand do Chiado foi reconhecida pelo Guinness como a livraria mais antiga do mundo ainda em actividade.
O atestado, certificado pelo Guinness Book of Records, está exposto no interior da loja.
A primeira Bertrand, fundada por Pedro Faure em 1732, abriu portas na Rua Direita do Loreto, em Lisboa.
Mais tarde, em 1755, quando já era o genro de Faure, Pierre Bertrand que dirigia a livraria foi instalar-se junto da Capela de Nossa Senhora das Necessidades por causa do Grande Terramoto.
Dezoito anos depois, em 1773, a Bertrand voltou a abrir as portas na já reconstruída baixa pombalina.
No texto de José António Saraiva, “Bertrand – a história de uma editora” é-nos dito pelo historiador que a Bertrand teve 11 nomes e conheceu quatro moradas.
O Aqueduto da Água de Prata, conhecido também por Aqueduto da Água da Prata ou Aqueduto da Prata é uma complexa obra de engenharia hidráulica renascentista com o objectivo de abastecer a cidade de Évora com água.
Começou a ser construído em 1531, tendo sido inaugurado a 28 de Março de 1537, tem uma extensão que percorre cerca de 18 Km desde a Graça do Divor até ao seu destino final, a cidade de Évora.
Segundo medições realizadas no início séc. XVII (1606), o antigo canal adutor quinhentista media 16.646 varas, que são 8.323 braças, o equivalente a 18.310,60 metros
Após uma espera de quatro décadas e duas vãs tentativas a obra foi finalmente concretizada em tempo reduzido.
Nos anos 30 do século XVID. João III mobilizou importantes recursos técnicos, humanos e financeiros para dotar a cidade com o mais extenso e complexo projecto de engenharia hidráulica do seu tempo.
Para a construção do aqueduto também foi solicitado o contributo financeiro da nobreza de Évora com 691.640 rs., através de imposto das rendas da casa real para lançamento do "grandioso cano".
A descrição mais antiga que se conhece do aqueduto é do tempo do reinado de D. Filipe I de Portugal e consta no Regimento do Aqueduto da Água da Prata datado do ano de 1606:
“…a primeira água que entra no cano Real, é nas minas onde ele tem seu princípio, que está na herdade de Rui Lopes Lobo, além da igreja de nossa Senhora da Graça do Divor […] estas minas têm dois canos apartados em dois braços muito bem feitos […] tem três palmos de largura, e seis de alto
com suas paredes de pedra e cal, coberto por cima de grandes pedras bem lavradas […] e como a água há-se ir ao nível, vão os canos em terra alta por baixo dela, as vezes em 25 palmos, e em partes em 30 palmos […] estes canos […] a certos passos tem luminarias para dar claridade a quem os visitar por dentro, tirando-lhe as pedras que as cobrem …
Ao longo dos seus quase cinco séculos de existência o aqueduto sofreu alguns restauros, alterações, acrescentos e demolições.