Os tapetes de Arraiolos são únicos e sem iguais em qualquer parte do mundo.
A produção dos tapetes na vila de de Arraiolos, terá tido o seu começo essencialmente originado por duas razões: os condicionalismos da região (matéria prima em abundância – a lã, teares e uma enorme percentagem de artesãos relacionados com a tecelagem); e a existência e influência dos tapeceiros de origem islâmica, que estiveram em Portugal entre os séculos VIII e XV.
Trata-se de produtos têxteis tradicionais portugueses genuínos, trazendo consigo um legado de Portugal, onde se nota a ascendência oriental nos seus fundamentos estruturais e decorativos, mas onde se combina igualmente o conhecimento local do bordar, pela utilização do ponto cruzado oblíquo.
António de Oliveira Salazar morreu a 27 de Julho de 1970
Após uma cirurgia ao cérebro e uma prolongada doença.
Dirigiu o país com mão de ferro durante 40 anos.
O presidente do Conselho António de Oliveira Salazar foi internado no dia 6 de setembro de 1968, na sequência de um hematoma provocado pela famosa queda de uma cadeira de lona, ocorrida na manhã de 3 de agosto no Forte de Santo António do Estoril.
Salazar foi operado de urgência na madrugada de dia 7.
A operação a Salazar e o acompanhamento subsequente, assegurado pelo Hospital da Cruz Vermelha, custaram 5,6 milhões de escudos.
Aquele valor consta do "Processo Clínico do Dr. A. O. Salazar", conservado no Hospital da Cruz Vermelha.
Após uma rápida recuperação, e já autorizado pelos médicos a regressar à residência oficial, em São Bento, foi acometido por um grave acidente vascular cerebral (AVC), que o deixou em coma durante várias semanas, com respiração assistida por um ventilador.
Declarado incapacitado, foi substituído nas suas funções por Marcello Caetano, a 27 de setembro.
Assim terminava um longo ciclo de 40 anos da vida do país.Franco Nogueira, o biógrafo do ditador, contou o tempo em que Portugal foi governado, "sem interrupção", por Salazar: "quarenta anos, quatro meses e vinte e oito dias".
De tradição portuguesa, costuma ser preparado de 25 de dezembro a 6 de janeiro, Dia de Reis, em homenagem aos Reis Magos.
Dia 6 de janeiro, especialmente, é dia de desmontar a árvore de Natal e servir o tradicional bolo, que deve ser preparado e compartilhado com a família e os amigos.
Em forma de rosca, a receita remete a uma coroa enfeitada com frutas secas e cristalizadas, que lembram pedras preciosas.
A massa leva, além das frutas, uvas passa, nozes, amêndoas picadas e dois mimos: uma fava e um brinde.
Diz a tradição que quem recebe a fava na sua fatia de bolo terá sorte naquele ano e deverá preparar o Bolo de Reis para o dono da casa no próximo 6 de janeiro.
Quanto ao brinde, antigamente se colocava um rei ou uma rainha de louça, como um símbolo de riqueza para quem o encontrasse. Caso fosse uma aliança, era sinal de que a pessoa se casaria em breve. Mas o costume, com o tempo, foi proibido para evitar acidentes.
Foi há 100 anos que a primeira mulher votou em Portugal
carolina beatriz ângelo fez da luta pelo direito de voto a sua grande causa, interpretando à letra a lei eleitoral de então, que considerava eleitores os indivíduos maiores de 21 anos que soubessem ler e escrever e chefes de família.
considerando-se na posse de todos os requisitos, porque tinha ficado viúva (sendo, portanto, chefe de família), carolina beatriz ângelo requereu a sua inscrição como eleitora, o que não lhe foi concedido. recorreu para os tribunais, que lhe deram razão, sendo-lhe atribuído o direito de voto pelo juiz joão baptista de castro, pai da escritora ana de castro osório, amiga de carolina beatriz ângelo e com ela dirigente da liga republicana das mulheres portuguesas.
na altura presidente da associação de propaganda feminista (apf), carolina beatriz ângelo avançou para a urna nas eleições para a assembleia constituinte de 28 de maio de 1911, na secção de voto de arroios, em lisboa.
o ato pioneiro desagradou ao poder de então, que viria a alterar a lei eleitoral. a legislação de 1913 só reconhecia o direito de voto aos eleitores do «sexo masculino». as mulheres só viriam a reconquistar o direito de voto em 1931, mas só as poucas que tinham o liceu ou um curso superior. mais tarde, outra condição seria imposta: só podiam votar as mulheres que tivessem um determinado rendimento.
As sete saias fazem parte da tradição, do mito e das lendas desta terra tão intimamente ligada ao mar.
O povo diz que representam as sete virtudes; os sete dias da semana; as sete cores do arco-íris; as sete ondas do mar, entre outras atribuições bíblicas, míticas e mágicas que envolvem o número sete.
De facto, a origem não é de simples explicação e a opinião dos estudiosos e conhecedores da matéria sobre o uso de sete saias não é coincidente nem conclusiva. No entanto, num ponto, todos parecem estar de acordo: as várias saias (sete ou não) da mulher da Nazaré estão sempre relacionadas com a vida do mar.
Como se joga: Atirar a pedra para a primeira casa e quando se começar a jogar salta-se ao pé-coxinho, saltando a casa onde está a pedra. Faz-se o mesmo para todas as casas até ao fim da macaca. Depois começa outro jogador. Quando a pedra sair fora muda-se de jogador.
Este jogo tem como objectivo deitar a pedra dentro de cada casa, saltar a casa onde está a pedra sem a pisar, saltar as casas ao pé-coxinho e apanhar a pedra sem cair e não pisar as riscas.
Remonta ao tempo das nossas avós. Jogo tradicional da macaca pode ser jogado com apenas duas crianças, preferencialmente com idades superiores a 7 anos. Pode ser jogado ao ar livre, num jardim ou na praia ou num espaço interior.
É conhecida por vários nomes:
Em Portugal a brincadeira é conhecida como “Pula Macaca” Em minas Gerais é chamada de “Maré-Maré” No Estado da Bahia diz-se "Pular Macaco" (Semelhante a Portugal), No Rio Grande do Norte é “Avião”, Na Espanha é conhecida como “cuadrillo, infernáculo, reina mora ou pata coja”. Nos EUA ela é conhecida como “hopscotch”. Na França é “marelle” Bom, são brincadeiras que vieram com a primeiras civilizações e tornou-se folclóricas.
O fotógrafo Lambe-lambe ou fotógrafo à la minuta é um fotógrafo ambulante que exerce a sua atividade nos espaços públicos como jardins, praças, feiras.
A origem do termo no Brasil
Existem diferentes explicações para a origem do termo. A mais comum é a de que se lambia a placa de vidro para saber qual era o lado da emulsão ou se lambia a chapa para fixá-la.
Os fotógrafos ambulantes surgiram nas primeiras décadas do século XX, trabalhando em praças e parques. Eram quase sempre procurados para registrarem momentos especiais, familiares ou para tirar retratos para documentos do tipo 3x4.
O equipamento fotográfico, conhecido como máquina-caixote, é revestido com couro cru, madeira ou metal e coberto na parte posterior com uma espécie de saco negro, com três aberturas: dois orifícios para os braços e um para enfiar a cabeça na hora de bater e revelar as fotografias.
Além de ser utilizada para o registro fotográfico, também servia para mostruário, com as laterais cobertas de fotos .
As Lavadeiras, dividiam as tarefas domésticas com a lavagem da roupa que era, semanalmente, recolhida e entregue na casa das freguesas, sobretudo de Lisboa.
Isto porque as casas da cidade não tinham condições nem para fazer a barrela, nem para pôr a roupa a corar.
À segunda-feira, às 5 da manhã, saíam de casa na carroça puxada por machos. A roupa era metida em trouxas, o “albardar”, ou seja, era embrulhada num pano, o “riscado”, tecido de riscas de cor diferente, tendo cada freguesa o seu riscado.
Se a roupa era transportada por machos, tinha de ser colocada nos “seirões” (cestos de esparto ou vimes em forma de alforges), que eram içados para o dorso dos animais. Durante o resto da semana, excepto ao Domingo que era o dia guardado para ir à missa e descansar, as Lavadeiras lavavam a roupa na ribeira para onde levavam pedras de cor cinzenta, pedras “olho de sapo”, que serviam para esfregar a roupa.
Uma vez que “roupa que não é cantada não é lavada”, acompanhavam a sua tarefa cantando canções de amor ou modinhas.
Nos fins de Setembro, princípios de Outubro cortam-se as canas do milho, que são transportadas para a eira no carro de bois. Na eira faz-se a desfolhada.
A desfolhada é um trabalho agrícola onde se retira a espiga (ou maçaroca) da planta, que se chama milho. Embora possa parecer uma festa, é um trabalho duro e cansativo, tanto para os adultos, homens e mulheres, como para os jovens e as crianças que, por essas aldeias fora, trabalham no campo.
À medida que se desfolha, vai-se amontoando as espigas em cestos de verga ou de costelas que, depois de cheios, são despejados no canastro ou espigueiro.
Os jovens participam entusiasmados nas desfolhadas, sempre na esperança de encontrar milho-rei ou rainha para poderem dar um beijo à namorada.
Onde está o milho-rei? Durante as desfolhadas, o aparecimento das espigas de milho vermelho é fundamental para manter o entusiasmo de todos.
É que o feliz achador tem a obrigação de gritar bem alto: - MILHO REI ! - e o direito de dar uma volta a todos os trabalhadores, distribuindo abraços. Antigamente, esta era uma oportunidade única para se aproximar fisicamente das raparigas, das namoradas, até das noivas porque, na época, as convenções sociais eram muitas e a vigilância por parte dos pais era muito apertada.
Sempre, após as malhadas ou desfolhadas, os donos da casa ofereciam uma lauta merenda, geralmente constando pão de milho ou centeio, azeitonas, iscas de bacalhau ou sardinha assada, não faltando, é claro, o indispensável vinho servido em cabaça por onde todos vão bebendo.
Durante essa merenda e prolongando-se por algum tempo mais, entre os presentes sempre tinha alguém que tocava, ou pelo menos “arranhava” uma concertina (é assim que chamam aos acordeões menores) e o baile estava formado. No Minho não se compreendia que se pudesse executar qualquer faina (trabalho) agrícola sem ser acompanhada ou coroada por cantos e danças.
Depois das desfolhadas, as folhas eram aproveitadas para encher colchões. As espigas eram malhadas para a desfolhar os grão e o carolo ( aparte branca do interior da espiga) era aproveitado para o fogo. O pó, chamado moinha, dava para encher almofadas. O grão do milho era passado por um limpador e posto na eira a secar. Depois de seco, era limpo novamente e posto em caixas ( arcas ).